Diante da gravidade das irregularidades reveladas pela Operação Tormenta, da Polícia Federal (PF), as regras dos concursos públicos terão de mudar.
"Isso tem de levar à revisão das regras, porque não podemos ter concursos vulneráveis, sujeitos a fraudes", disse ontem o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, responsável pela gestão de pessoal do governo federal. "A Polícia Federal tem de prender (os fraudadores) e nós temos de tomar medidas para que isso não ocorra mais."
Ele observou que cerca de 5 milhões de brasileiros estudam para ingressar no serviço público via concursos, por isso é importante que haja lisura e transparência no processo de seleção.
Que mudanças seriam necessárias, o ministro ainda não sabe. Segundo explicou, é necessário que as investigações sejam concluídas para que o Planejamento estude as alterações, com ajuda da Polícia Federal. "A Justiça também tem de rever seus processos", defendeu o ministro.
Ele disse que fraudadores conseguem ingressar na máquina pública amparada em liminares. "Colocar um fraudador para dentro da máquina pública certamente não ajuda." A Operação Tormenta revelou que algumas dessas pessoas não só já haviam sido contratadas, como também vinham pleiteando postos estratégicos. "Quer dizer, a pessoa não queria só entrar no governo, queria entrar para fazer maracutaia", comentou.
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