terça-feira, 15 de junho de 2010

Pesquisa revela que meninas se envolvem cada vez mais com crime

Meninas que participam de gangues buscam uma visibilidade social que não encontram na escola ou em áreas públicas da cidade. É o que constata um estudo da Central Única das Favelas (Cufa) e da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla), com apoio da Subsecretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da Secretaria de Direitos Humanos, com 13 das principais gangues de Brasília (DF). O estudo virou livro - Gangues, Gênero e Juventude: Donas de Rocha e Sujeitos Cabulosos - lançado ontem (14).
Segundo a subsecretária de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da Secretaria de Direitos Humanos, Carmem Oliveira, grande parte das meninas que entram em gangues o faz para poder se apoderar de atributos masculinos, “como circular pela cidade de foma mais livre, além do desejo de superar alguns atributos femininos como não ser boazinha - ela tem que ser 'marrenta', não chorar, tem que mostrar que é forte, não pode ser fofoqueira”, afirmou.
Ela disse que as meninas são mais vulneráveis à violência do que os meninos porque elas ocultam das famílias as atividades dentro das gangues. “Elas [as meninas] mentem, dizem que vão para a casa da avó quando vão fazer uma pichação de madrugada. Por isso elas estão mais vulneráveis, porque ninguém sabe onde elas estão”, explicou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário