quinta-feira, 15 de julho de 2010

Juiz morto por policial tinha histórico de brigas no trânsito


O juiz Carlos Alessandro Pitágoras Ribeiro, 38 anos, morto no sábado pelo policial militar Daniel Santos Soares, já tinha se envolvido em pelo menos duas confusões no trânsito. Uma delas na região do Iguatemi, local onde foi morto com dois tiros. Ontem pela manhã, uma testemunha prestou depoimento no Departamento de Polícia Metropolitana (Depom). Em 6 de dezembro de 2000, Alessandro Pitágoras, ainda na condição de advogado, prestou queixa de agressão na 7ª Delegacia, no Rio Vermelho. Segundo ele, ao chegar no estacionamento G1 do Shopping Iguatemi, o motorista de um Volkswagen Santana parou ao seu lado e tentou abrir a porta do carona do seu veículo. Em seguida, foi agredido com um tapa no rosto, que danificou os óculos. Ainda segundo o juiz, quando ameaçou sair do carro, o agressor cuspiu em seu rosto e ameaçou atropelar ele e a mulher. Na ocorrência, Alessandro não revela o motivo das agressões.
Um ano depois, ele retornou à 7ª DP. Em 10 de abril de 2005, relatou que seu Corsa azul, de placa JNS-8028, tinha sido arrombado e a janela lateral esquerda arranhada. No dia 19 de julho de 2005, também na condição de advogado, Pitágoras se envolveu numa disputa por uma das dezenas de vagas livres no estacionamento de um Juizado. Na época, ele relatou aos agentes da 6ª Delegacia, nos Galés, que tentava parar o carro, quando o carona de um outro veículo começou a insultá-lo. Pitágoras acabou estacionando em outro lugar, mas ao chegar na porta principal do Juizado foi ofendido, dessa vez pelo motorista. “Em todas as situações, ele estava na condição de vítima e o fato de procurar as autoridades para resolver as coisas mostra que ele agia sempre com sensatez. Ou seja, não quis fazer justiça com as próprias mãos”, declarou o advogado da família do juiz, Carlos Eduardo Gramacho, ao comentar sobre as ocorrências registradas em delegacias.

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