Imagina uma cena assim.
- Presidente, presidente, como vai a senhora?
- Presidente uma conversa. Me respeite que eu sou é presidenta. Presidentaaa, entendeu bem? Presidenta!
- Presidente, presidente, como vai a senhora?
- Presidente uma conversa. Me respeite que eu sou é presidenta. Presidentaaa, entendeu bem? Presidenta!
Este suposto carão de Dilma é só um exercício de fantasia. Mas bem que poderia ilustrar a encruzilhada sociolinguística que sucedeu a eleição de Dilma Rousseff presidente do Brasil. Ou presidenta.
A questão pode parecer irrelevante, pois à primeira vista, tanto faz chamar de um ou de outro jeito. Mas ela traz em seu rastro inquietações decisivas para os próximos quatro anos. A escolha por uma ou outra opção gera resultados bem diferentes. Do ponto de vista da norma culta, os dicionários Aurélio e Houaiss já recomendam o uso de presidenta como feminino de presidente ou para a mulher do presidente, mas o debate não se esgota aí.
Chamar presidenta fortalece a luta feminista porque sinaliza logo tratar-se de uma mulher? Presidente, como alguns preferem, é melhor que presidenta para os ouvidos e leitores sensíveis? Dá pra chegar a uma conclusão ou cada um faz sua escolha?
A professora Paula Gemima, especialista em linguagem de sinais para deficientes auditivos, optou por chamar presidente. “Assim, fazemos um sinal só com a mão, pois o sinal já traz implícita a ideia que é um homem presidente. Se chamar presidenta, seriam dois sinais, um para o cargo e outro para mulher”, simplificou, antes de treinar mais um aluno em Paripe, no Subúrbio, onde mantém seu curso.
A professora Paula Gemima, especialista em linguagem de sinais para deficientes auditivos, optou por chamar presidente. “Assim, fazemos um sinal só com a mão, pois o sinal já traz implícita a ideia que é um homem presidente. Se chamar presidenta, seriam dois sinais, um para o cargo e outro para mulher”, simplificou, antes de treinar mais um aluno em Paripe, no Subúrbio, onde mantém seu curso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário