domingo, 20 de fevereiro de 2011

Catu recebe a exposição itinerante “A Mata Atlântica é aqui” da SOS Mata Atlântica

A cidade de Catu receberá o projeto “A Mata Atlântica é aqui – exposição itinerante do cidadão atuante”, da Fundação SOS Mata Atlântica, nesta quarta-feira (16/02). A iniciativa acontece na Praça Geonísio Barroso, no bairro da Aruanha. Até domingo (20/02), serão desenvolvidas diversas atividades gratuitas, como palestras, oficinas, exposições, jogos educativos, exibições de filmes, maquete e análise da água do Rio Catu. O objetivo é levar informações sobre o Bioma mais ameaçado do país e, ainda, mostrar como cada um pode contribuir com a sua conservação. O evento acontece no dia 16/02, das 11h às 16h e de 17 a 20/02, das 10h às 16h. O patrocínio é de Bradesco Cartões, Natura e Volkswagen Caminhões & Ônibus e o apoio local da Divisão de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de Catu e do Projeto Olho-de-Fogo-Rendado. Todas as atividades são gratuitas e destinadas ao público de todas as idades.


O projeto foi lançado em maio de 2009 e já passou por mais de 70 cidades, alcançando o marco de ter visitado todos os 17 estados que fazem parte do Bioma Mata Atlântica no Brasil. Em maio, voltará à cidade de São Paulo para participar do Viva a Mata 2011 – mostra de iniciativas e projetos em prol da Mata Atlântica, que acontece no Parque Ibirapuera entre os dias 20 e 22 de maio – onde dará início ao seu terceiro ciclo anual, que passa pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.

O caminhão conta com uma estrutura própria para receber deficientes físicos, com um elevador específico. Escolas e grupos interessados podem realizar visitas monitoradas. Além disso, quem tiver interesse em se tornar um voluntário também pode participar. Em caso de dúvidas sobre qualquer uma das atividades, é preciso entrar em contato pelo email itinerante@sosma.org.br. Mais informações pelo site www.sosma.org.br.

Programação

Algumas atrações promovidas pela equipe do projeto na cidade têm horário marcado. No primeiro dia, por exemplo, haverá a solenidade de abertura do projeto às 11h e a coleta de água para análise de qualidade do Rio Catu, às 14h. No segundo dia (17/02), a partir das 10h, será realizada uma manhã especial com os jogos educativos, já às 14h, acontece a palestra “A Mata Atlântica é aqui em Catu”, promovida pela equipe do projeto itinerante e que aborda temas como desmatamento, educação ambiental, preservação, hábitos sustentáveis e outros assuntos relacionados à Mata Atlântica local. A partir das 15h da sexta-feira, acontece a oficina de desenho de animais da Mata Atlântica, com materiais distribuídos pela equipe do projeto. No sábado (19/02), a partir das 10h acontecem mais jogos educativos. Ainda no sábado, porém às 14h, a ONG promove uma oficina de pinturas de máscaras, com espécies de animais da Mata Atlântica e no domingo, às 11h, uma oficina de produção de brinquedos com garrafas PET.

Além delas, outras atividades podem acontecer a qualquer momento, como o CineMata, a Mini Biblioteca para consultas e a Roda das Sensações. Além disso, o público também poderá conhecer a maquete dinâmica e interativa, que fica exposta durante todo o horário de funcionamento e mostra as diferenças entre dois territórios: um protegido pela Mata Atlântica e outro com uma área desmatada. Simulando uma chuva em cima da maquete, os educadores ambientais do projeto mostram também a importância das matas ciliares, a maneira como os lençóis freáticos são formados, como podem ser causados os deslizamentos de terra e as inundações, além de salientar como os rios assoreados interferem no cotidiano das cidades.

A Mata Atlântica na cidade

A coordenadora do projeto itinerante, Camila Plaça, destaca a importância da visita a Catu. “O nosso objetivo é conscientizar a população sobre a conservação ambiental, mostrando como e por que devemos contribuir com a Mata Atlântica. O Bioma já cobriu todo o território da cidade de Catu, mas, atualmente, restam apenas 4% deste total. A população ainda pode reverter este quadro, promovendo ações de restauração, cobrando das autoridades locais maior fiscalização e adotando hábitos que não prejudiquem o meio ambiente, como jogar o lixo no local adequado, economizar água e energia elétrica, tomar cuidado ao mexer com fogo, e, desta forma, contribuir com a cidade, com o Bioma e com o planeta”.

A exposição conta com uma equipe de educadores ambientais que reforça que a conservação do meio ambiente contribui não só para a qualidade de vida, como também para a economia local. A água tratada de forma correta exige menor quantidade de produtos químicos para filtrá-la; o lixo eliminado de forma adequada facilita a reciclagem e possibilita menor extração de matéria prima da natureza; a diminuição de áreas preservadas pode agravar catástrofes naturais como deslizamentos de terra e alagamentos, principalmente em territórios próximos às áreas urbanas, além de poder causar danos à população local.

“Por isso, a ideia de levar educação ambiental a vários estados do país é tão importante. O desmatamento não ocorre apenas em metrópoles”, comenta Anderson Palmeira, biólogo e educador ambiental do projeto. “Diferente do que muitos pensam, o cidadão tem também o dever de cuidar do ambiente onde vive. Pois se não fizer sua parte, não adianta reclamar das autoridades”, completa.

Monitoramento da qualidade da água

A Fundação SOS Mata Atlântica sempre seleciona um rio, córrego ou lago em cada uma das cidades por onde o projeto passa e realiza a coleta de água usando um kit de monitoramento. Desenvolvido pelo programa Rede das Águas da própria ONG, o kit possibilita uma análise que engloba 14 parâmetros físico-químicos, como transparência da água, lixo, odor, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio, entre outros. Na cidade de Catu, foi selecionado o rio que leva o nome da cidade, o Rio Catu, com a coleta realizada sempre no ponto mais próximo e acessível do local onde o projeto estará estacionado. Após uma análise detalhada, o resultado será divulgado no final da estadia na cidade. “Os resultados das análises servem para mostrar para a sociedade a real situação do território onde vive. A população pode e deve ajudar na conservação das águas, gerando menos lixo e separando corretamente os gerados, optando por produtos de limpeza que não agridam os rios e, também, cobrando e apontando erros para as autoridades locais”, destaca Patrícia Ferreti, bióloga e também educadora ambiental do projeto.

Sobre a Fundação SOS Mata Atlântica

Criada em 1986, a Fundação SOS Mata Atlântica é uma entidade privada sem fins lucrativos, que tem como missão promover a conservação da diversidade biológica e cultural do Bioma Mata Atlântica e ecossistemas sob sua influência, estimulando ações para o desenvolvimento sustentável, bem como promover a educação e o conhecimento sobre a Mata Atlântica, mobilizando, capacitando e estimulando o exercício da cidadania socioambiental. A entidade desenvolve projetos de conservação ambiental, produção de dados, mapeamento e monitoramento da cobertura florestal do Bioma, campanhas, estratégias de ação na área de políticas públicas, programas de educação ambiental e restauração florestal, voluntariado, desenvolvimento sustentável e proteção e manejo de ecossistemas.



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