sábado, 9 de outubro de 2010

Polícia e políticos são os alvos em "Tropa de Elite 2"

Nenhum personagem foi tão celebrado no ano de 2007 quanto o capitão Nascimento, papel de Wagner Moura em "Tropa de Elite". A postura rígida do oficial do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), fruto de seu repúdio por traficantes, usuários de drogas e policiais corruptos, caiu no gosto dos brasileiros, além de uma série de jargões curiosos – não necessariamente do personagem, mas tão envolventes quanto se fossem.


O boca a boca foi a melhor divulgação do longa-metragem, pirateado e assistido bem antes de sua estreia oficial nos cinemas, e seu ápice foi a vitória no Festival de Berlim de 2008, de onde o diretor José Padilha saiu com o Urso de Ouro de melhor filme.
Agora, três anos depois de todo o alvoroço, "Tropa de Elite 2" chega aos cinemas brasileiros nesta sexta-feira com a expectativa de mais sucesso, mais jargões e mais atitudes severas do capitão Nascimento – desta vez não apenas como integrante do BOPE, mas atuando como subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança da cidade do Rio de Janeiro.
Logo no início o filme mostra uma rebelião no presídio de Bangu I, chefiada pelo traficante Beirada (Seu Jorge). Toda a operação que envolve o fim do problema serve de pretexto para reapresentar personagens do primeiro filme, como o próprio Nascimento e seu pupilo, André Matias (André Ramiro), e introduzir novos, como o acadêmico e defensor dos direitos humanos Diogo Fraga (Irandhir Santos).
Após um desfecho trágico, o então tenente-coronel Nascimento é promovido para a Secretaria de Segurança – a contragosto do secretário e do próprio governador, mas como explica o próprio policial, "a opinião pública gosta de ver bandido morto". E essa afirmação resume bem a diferença do que a plateia vai encontrar nessa nova história: sem os ladrões de regata e chinelo, entram os de terno e gravata.

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