O ex-ativista comunista italiano Cesare Battisti, preso no Brasil, entrou em greve de fome para protestar contra a sua possível extradição para a Itália, onde enfrentaria processos por assassinato. A informação foi divulgada pelo senador José Nery (PSOL-PA). Battisti entregou a Nery uma carta endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele se diz pronto para morrer no Brasil e assim não ser mandado de volta para a Itália, onde sofre perseguição política.
Battisti: minha vida está nas mãos do presidente Lula
Na carta, entregue por Nery ao secretário geral da presidência da República, Luiz Dulci, Battisti afirma que sempre lutou pela vida. "Mas se é para morrer, eu estou pronto, mas, nunca pelas mãos dos meus carrascos. Aqui neste país, no Brasil, continuarei minha luta até o fim (...) a verdade que alguns insistem em não querer ver, e este é o pior dos cegos, aquele que não quer ver".
Dulci se comprometeu em repassar a carta às mãos do presidente em Natal, no Rio Grande do Norte, na noite de sexta, onde iria se encontrar com Lula que fará uma viagem à França e à Italia neste fim de semana. Rosa da Fonseca, membro do Comitê de Solidariedade a Cesari Battisti, também estava presente no momento da entrega.
O italiano considera surpreendente e absurdo que a Itália o tenha condenado por ativismo político: "no Brasil alguns poucos teimam em me extraditar com base em envolvimento em crime comum. É um absurdo, principalmente por ter recebido do Governo Brasileiro a condição de refugiado, decisão à qual serei eternamente grato".
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