terça-feira, 17 de novembro de 2009

Gasolina é mais vantajosa do que álcool na Bahia

O preço do álcool continua subindo em todo o país e deixou de ser competitivo em 18 Estados brasileiros na primeira quinzena de novembro. O número quase dobrou desde o fim de outubro, quando eram dez Estados, segundo levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

Já não é vantajoso abastecer com álcool em Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina e Sergipe.

Para fazer a conta, divida o preço do álcool pelo da gasolina. Se o resultado ficar acima de 0,70, o álcool deixa de ser vantajoso.

O preço do álcool vem subindo em função da maior demanda por açúcar no mercado internacional, por problemas de produção na Índia. Para suprir essa falta no mercado, as exportações do produto cresceram consideravelmente, fazendo com que as usinas de cana-de-açúcar ampliassem a produção de açúcar, em detrimento ao álcool. A ocorrência de chuvas no Centro-Sul do país também contribuiu para a alta, ao afetar a produtividade das lavouras.

Cálculos de especialistas, baseados no poder calorífico dos combustíveis, apontam que o álcool é competitivo até chegar a 70% do preço da gasolina. Para fazer a conta, divida o preço do álcool pelo da gasolina. Se o resultado ficar acima de 0,70, o álcool deixa de ser vantajoso.

No último dia 14, o preço do litro do álcool estava em R$ 1,687, cerca de 2% acima do preço em que fechou outubro (R$ 1,654). Apenas no mês passado, o preço do combustível subiu 10% em comparação com setembro, quando era encontrado, na média, por R$ 1,475.

Na média Brasil, se confrontado com a gasolina, cujo preço médio foi de R$ 2,535, o álcool ainda é vantajoso: custa o equivalente a 66,54% do combustível derivado do petróleo.

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