quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Comissão externa da Câmara poderá acompanhar tragédia no Haiti

A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional pretende criar uma comissão externa para avaliar a extensão dos estragos provocados pelo terremoto de terça-feira (12) no Haiti, que matou milhares de pessoas. Entre as vítimas fatais, estão 11 militares brasileiros que participavam da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU). Outros 8 soldados estão desaparecidos e 9 feridos. A médica pediatra e sanitarista Zilda Arns, coordenadora da Pastoral da Criança, participaria de uma conferência de religiosos no país e morreu durante o terremoto.

Segundo o presidente da Comissão de Relações Exteriores, deputado Damião Feliciano(PDT-PB), a comissão externa já havia sido solicitada, e com a tragédia haitiana passou a ser uma prioridade. "Talvez agora, no fim do recesso, possamos designar uma comissão para avaliar o problema in loco. Não se trata de relações diplomáticas, mas de uma questão do ponto de vista humano", explicou.

Ajuda
A ação brasileira, como a de diversos países, foi rápida. Três aviões de carga militares estão voando para o Haiti, levando alimentos e suprimentos médicos. O presidente Lula determinou a doação de cerca de R$ 30 milhões para ajudar o país.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o senador Flávio Arns (PSDB-PR), sobrinho de Zilda Arns, também estão se dirigindo ao Haiti. O país, um dos mais pobres das Américas, é afetado por guerras civis e tragédias naturais. Em 2008, uma série de furacões e tsunamis arrasou o Haiti.

A ONU, que tinha realizado em 2004 uma missão de paz liderada por tropas brasileiras e estava presente no país desde então, teve que reforçar as tropas para auxiliar a população. O contingente militar brasileiro, de cerca de 1,3 mil homens, é o maior entre as forças de paz no local, onde as tropas da ONU somam mais de 9 mil soldados.

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