sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Polícia paralisa serviços por 24 horas na próxima segunda-feira

A polícia baiana vai parar mais uma vez. Segundo o secretário geral do Sindicato dos Policiais Civis do estado (Sindpoc), Bernardino Gayoso, a partir da próxima segunda-feira (11) será realizada uma paralisação de 24 horas em todas as delegacias do estado. O objetivo é o de pressionar o governo a nomear os concluintes do curso de formação em 2009 e de realizar concurso público para substituir os funcionários Reda que atualmente trabalham na área de segurança pública.

Segundo Gayoso, a paralisação foi decidida nesta quarta-feira (06), após uma reunião com os secretários de Segurança Pública, César Nunes, e de Justiça, Nelson Pellegrino. Esta deverá ser a primeira de uma série de atividades que o Sindpoc programou para o início de 2010.

“A paralisação foi deliberada em uma assembleia geral realizada no dia 10 de dezembro, mas foi confirmada apenas hoje. Os secretários alegaram que a lei de responsabilidade fiscal os impede de fazer a convocação dos policiais Mas se o estado já gastou R$ 3 milhões para treinar os concursados, porque agora não os convoca?”, afirmou Gayoso.

O secretário geral do Sindpoc também afirmou que os funcionários Reda prejudicam o trabalho na área de segurança do estado. “Os funcionários Reda precisam ser substituídos imediatamente. Atualmente há delegacias no interior que não possuem um único policial civil. São servidores públicos e policiais militares que fazem o trabalho de investigação. E eles não estão preparados para isso. Estamos mobilizados e prenderemos todos aqueles que não são qualificados e estão trabalhando como policiais”.

Gayoso afirmou ainda que as condições de trabalho oferecidas impedem que os policiais consigam desenvolvam um bom trabalho. “São 6500 presos nas delegacias de todo o estado. Não possuímos gente suficiente para isso. Se todos os concluintes do curso de formação fossem convocados ainda sim teríamos um déficit de 2300 homens. Temos de escolher entre tomar conta de criminosos ou fazer nosso trabalho, que é investigar os crimes”.

Durante a paralisação serão realizados apenas os serviços de prisão em flagrante, atendimento as vitimas de estupro e remoção de corpos vitimas de morte violenta. Como se trata de um serviço essencial, 30% do efetivo permanecerá em atividade.

Uma nova paralisação foi programada para o dia 28 de janeiro.

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