sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

'Lista Suja' do trabalho escravo passa a conter 164 empregadores

O Ministério do Trabalho divulgou nesta quarta-feira (6) a lista atualizada do Cadastro de Empregadores flagrados explorando mão-de-obra escrava no país. Revisada semestralmente, a relação, conhecida como 'Lista Suja', conta com 164 empregadores infratores, entre pessoas físicas e jurídicas - a lista atual traz seis empregadores baianos.

Em comparação à versão divulgada há seis meses, foram incluídos 12 novos empregadores e excluídos dez nomes. Segundo o ministério, os infratores são, em sua quase totalidade, ligados às atividades agropecuárias.

Os empregadores que figuram na “Lista Suja” do ministério foram flagrados submetendo trabalhadores a condições análogas à de escravo. As principais causas de manutenção do nome no cadastro estão relacionadas à não quitação das multas impostas, reincidência na prática do ilícito e ações em trâmite no Poder Judiciário.

O Cadastro de Empregadores flagrados explorando mão-de-obra escrava é encaminhado a diferentes órgãos públicos do país para conhecimento e utilização. Ele serve para barrar a concessão de créditos a empregadores que constam na lista.

Os empregadores flagrados permanecem por no mínimo dois anos no cadastro. Neste período, não podem concorrer a financiamentos públicos. Depois de dois anos da notificação, são excluídos da relação aqueles que tenham corrigido irregularidades identificadas durante inspeção do trabalho e não reincidiram no crime.

Bahia
Os empregadores baianos que figuram na lista são a Fazenda Patrícia, na zona rural de Wanderley; a Cia. Melhoramentos do OEste da Bahia, em Farmoso do Rio Preto; a Fazenda Reunidas Lagoa da Betania, uma carvoaria de Santa Rita de Cássia; a Fazenda Campo Largo do Rio Grande, em Cotegipe; a Fazenda Campo Aberto, na zona rural de Barreiras e a Fazenda Corretina, na zona rural de Jaborandi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário