As últimas foram nos dias 11 e 22 de junho. Nas duas vezes foi Sean quem ligou para a avó. Antes disso, ele havia ligado no dia 2 de março. A ligação do dia 11 foi a primeira em 101 dias. O padrasto, contudo, ainda não conversou com o menino, desde que ele saiu do Brasil.
Foto: Getty Images
João Paulo Lins e Silva
“Nossos advogados aqui no Rio estão com um pedido na Justiça para que haja pelo menos uma ligação semanal. Espero que Sean mantenha contato com a irmã dele e com a família brasileira”, disse o padrasto.
A avó contou como foi a última conversa. “Ele falava em inglês e eu em português. Era um papo pouco espontâneo, mais uma coisa de eu perguntando e ele respondendo. Eu queria saber como ele estava, se estava de férias, o que anda fazendo, se está indo ao cinema, qual era a programação dele... E ele me respondia. Falei da irmãzinha (de 1 ano e 10 meses), que ela está gordinha, falando muito.... E disse a ele que quero ir o mais rápido possível lá para dar seu beijo do aniversário. Ele escutava calado”, relatou a avó do menino.
O pouco que o menino falou, segundo a avó, foi a respeito das atividades que tem exercido. “Diz que vai ao cinema, tem pescado, ia entrar de férias... Não é uma coisa de emoção, é papo travado. Ele falou que tem amigos na escola, que tem ido à piscina, que iria para o camping, que equivale a nossa colônia de férias aqui”, disse ela.
Mensagens por email
Uma pessoa próxima à família Lins e Silva conta que Sean mantinha um email, criado enquanto esteve morando no Rio. Era através desse email que ele conseguia trocar algumas mensagens com o padrasto e a avó. “Ele dizia que amava todos aqui, que estava com saudades, mandava beijos... coisas de criança”, contou a pessoa que teve acesso às mensagens e pediu para não ser identificada. Na última ligação que Sean fez para a avó, ele teria dito que o pai descobriu a conta de email e trocou a senha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário