sexta-feira, 25 de junho de 2010

País gasta R$ 390 com vítimas de trânsito por minuto

A legislação que prometeu endurecer as penas contra motoristas que misturam álcool e direção completa dois anos com pouca interferência na redução de gastos de saúde para tratar as vítimas de acidentes automobilísticos.
No primeiro ano da lei seca, o impacto foi positivo e as mortes caíram 6,2%, conforme divulgou hoje (18) o Ministério da Saúde. Entretanto, números levantados pelo iG em um banco de dados com informações mais atualizadas mostram que, no segundo ano de vida da lei, a quantidade de mortos e feridos voltou a subir, em patamares superiores aos registrados antes da lei.
Chamada de DataSus, a plataforma usada pela reportagem computa também os feridos em acidentes de trânsito. Foram feitos três levantamentos distintos, usando como corte o mês junho de 2008 (data da aprovação da lei seca) e abril de 2010, último mês disponível no DataSUS. Apesar de estarem disponíveis para consulta na internet, estes dados mais recentes ainda não foram analisados pelo Ministério da Saúde, informou a assessoria de imprensa do órgão.
As informações preliminares mostram que entre junho de 2009 e abril de 2010 – período de plena vigência da lei seca – foram consumidos dos cofres públicos R$ 153 milhões apenas para custear internações hospitalares de acidentados no tráfego brasileiro, uma média de R$ 390 por minuto (contra R$ 245 no primeiro ano da lei). No período, foram atendidas 122.068 vítimas de colisões, capotamentos e atropelamentos, quantidade 24,5% maior do que a registrada no mesmo intervalo de meses anterior. A lei seca entrou em vigor no dia 20 de junho de 2008.

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